ESTUDO DA FORMA E FUNÇÃO
1. Definição
A forma é a configuração dos objectos ou
elementos mediante uma determinada função.
Exemplo:
·
A configuração da mesa;
·
Configuração de uma faca;
·
Configuração de uma residência;
· Etc.
2. Classificação das formas (objectos)
a.
Quanto à origem
i.
Formas de origem natural
São aquelas cuja existência não há intervenção humana. São ou foram
criadas por Deus.
Exemplo:
·
Pedras;
·
Árvores;
·
Nuvens;
·
Pessoa;
· Etc.
ii.
Formas de origem artificial
Refere-se àquelas que para sua existência há intervenção do Homem.
Exemplo:
·
Cadeira;
·
Mesa;
·
Capulana;
·
Carro;
·
Casa;
· Etc.
b.
Quanto à Geometria
i.
Formas geométricas regulares
São aquelas que apresentam lados ou faces iguais na sua configuração.
Exemplo:
·
Formas quadrangulares;
·
Formas pentagonais;
·
Cubo;
·
Poliedros;
· Etc.
ii.
Formas geométricas irregulares
São aquelas que apresentam lados, ou faces diferentes.
Exemplo:
·
Formas poligonais irregulares;
·
Poliedros irregulares;
·
Cone obliquo;
·
Pirâmides de base irregulares;
· Etc.
c.
Quanto ao Dimensionamento
i.
Formas pontuais (Adimensionais)
São aquelas que não podem ser dimensionadas nem pela altura, comprimento
ou largura.
Exemplo:
· Ponto
ii.
Formas lineares (Unidimensionais – 1D)
São aquelas que apresentam ou podem ser medidas através de uma e única dimensão
(1D): comprimento, largura ou altura.
Exemplo:
·
Linha recta vertical (altura);
·
Linha recta horizontal (comprimento ou largura);
·
Linha ondulada;
·
Linha em ziguezague;
·
Linha modulada;
·
Etc.
iii.
Formas planas (Bidimensionais – 2D)
Trata-se daquelas formas que apresentam duas dimensões (2D) ao serem
mensuradas: comprimento – largura, comprimento – altura, largura – altura.
Exemplo:
·
Rectângulo vertical (largura-altura ou comprimento
- altura);
·
Rectângulo horizontal (largura - comprimento);
·
Quadrado;
·
Pentágono;
·
Hexágono;
·
Heptágono;
·
Etc.
iv.
Formas volumétricas (Tridimensionais – 3D)
Refere-se a todas as formas ou objectos que na sua mensuração apresentam,
em simultâneo, três dimensões (3D): comprimento – largura – altura.
Exemplo:
·
Esfera;
·
Cone;
·
Cilindro;
·
Cubo;
·
Paralelepípedo;
·
Pirâmides (de base quadrangular, rectangular,
triangular, pentagonal, hexagonal, heptagonal, etc);
·
Prismas (de bases quadrangulares, rectangulares,
triangulares, pentagonais, hexagonais, heptagonais, etc);
·
Poliedros;
d.
Quanto a utilidade(finalidade)
i.
Formas ou objectos de função prática (aplicativa)
Trata-se de objectos cuja finalidade é de uso corrente sendo, por este
motivo, susceptíveis a depreciação ou estrago instantâneo.
Exemplo:
·
Cadeira;
·
Mesa;
·
Caneta esferográfica;
·
Prato;
·
Sapato;
·
Roupa;
·
Garfo;
·
Esteira;
·
Etc.
ii.
Formas ou objectos de função simbólica (representativa)
São aquelas cuja finalidade é representar algo em sua substituição sendo,
por este factor, isentos de depreciação instantânea e o seu desgaste resulta de
estresse do material usado na produção.
Exemplo:
·
Bandeira de uma nação, grupo desportivo, associações,
etc;
·
Símbolos institucionais como partidos políticos,
religiões, etc;
·
Objectos sagrados (consagrados) como amuletos,
cruz de madeira, estatuetas, etc;
·
Anel no dedo representando compromisso conjugal;
·
Etc.
iii.
Formas ou objectos de função estética (artística)
Esta série de objectos é daquelas
que a intenção é de embelezar ou ornar o lugar ou meio onde estão inseridos. A depreciação
destes objectos varia consoante o ambiente.
Exemplo:
·
Vaso com flôr em uma varanda;
·
Brinco na orelha ou nariz;
·
Quadro de pintura numa sala de reuniões;
·
Objectos de adorno no corpo de pessoas ou em
ambientes de cerimónias;
·
Etc.
3. Escala nas formas (objectos)
a.
Definição
Escala é a razão das dimensões das formas no desenho pelas dimensões na
realidade.
E = d/D ou E = d:D
Onde:
E – Escala;
d – dimensão no desenho;
D – Dimensão na realidade.
Exemplo:
E = 1/20 OU 1:20
Esta escala significa que 1 cm no desenho (no papel) representa 20 cm na
realidade.
b.
Tipos de escalas
i.
Escala natural – n: n
Exemplo: 1:1; 6:6; 200:200; etc.
ii.
Escala de redução – 1: n
Exemplo: 1:2; 1:50; 1:100; 1:200; etc.
iii.
Escala de ampliação – n:1
Exemplo:
2:1; 50:1; 100:1; 200:1; etc.
Na maioria das
vezes, a escala de redução é usada. Portanto, para o fabrico ou produção de um
objecto (maior), é desenhado em pequenas dimensões que, em seguida, resulta em uma
forma ou objecto grande.
Por exemplo, para
construir uma mesa grande, é necessário desenhar em um papel usando dimensões menores
(é evidente que não caberia uma mesa no papel, por exemplo, de formato A4), e
em seguida, com o conceito da escala de redução, o fabricante produz a mesa toda
ela grande.
4. Aspectos (ou critérios) a considerar na produção de formas (objectos)
Na concepção ou produção de qualquer
objecto, existem diferentes aspectos ou critérios a considerar. De entre esses
critérios, há que considerar os seguintes:
a.
Destinatário
Conhecer o utilizador final sobre a maneira como interpreta, entende ou
percebe o objecto. Não considerar este aspecto
incorre em improdutividade e consciência de desinteresse.
b.
Validade
Tanto para o utilizador final como para o provedor, há que respeitar a
validade do objecto. O criador deve prever e o utente deve procurar saber sobre
o tempo útil do seu objecto. Não considerar
este aspecto incorre em decepções e até problemas de saúde principalmente para
o utente que pode usar objectos fora do prazo.
c.
Valores culturais
Tomar em conta as concepções ou restrições tradicionais e princípios culturais,
religiosos de cada sociedade por onde o objecto será usado é importante para
evitar má interpretações pela configuração ou utilidade de um determinado
objecto. A inobservância deste aspecto pode implicar em reivindicações do
utente contra o produtor ou desinteresse do utente pelo objecto a ele
apresentado.
d.
Material
Para o produtor há que considerar o tipo de material a
usar na concepção do seu objecto para melhor estimar, por exemplo, o tempo útil
do objecto, esforço admissível e, entre outras situações, o tipo de ambiente de
conservação. Não valorizar este item pode resultar em deterioração do objecto
em tempo imprevisto pela má conservação ou acidente devido ao uso inadequado.
e.
Antropometria
Trata-se de considerar a relação das medidas do homem com as medidas dos
objectos tomando em conta a idade, o tamanho (ou altura) de diversas pessoas. Ignorar
este critério resulta em transformar objectos de função prática (os mais
procurados) em objectos de função estética (os menos necessitados).
f.
Embalagem
Prever a protecção ou privacidade dos objectos é sempre desejável e faz
parte das boas práticas do produtor. Não relevar este ponto pode incorrer em desperdícios
do objecto no acto de transporte ou movimentação.
g.
Manutenção
Sempre que for possível, providenciar alternativas de manutenção do
objecto em casos de alteração de sua funcionalidade original causada por vários
factores como queda, incompatibilidade, localização, etc. Não respeitar este
critério pode limitar o utente final do objecto no que se refere ao manuseio e recuperação
do objecto.
h.
Ergonomia
Há que considerar a relação do objecto com o meio envolvente de modo a
permitir uma execução ou uso saudável e sem prejuízo físico dos utentes. Ignorar
este princípio incorre sanções ao nível das organizações nacionais ou
internacionais e uma conseguinte inibição na ordem dos produtores.
i.
Catálogo
Um guião de orientação sobre o uso do objecto é importante e relevante para
o utente dos objectos. Não cumprir este critério pode resultar em mau uso dos
objectos por parte dos utentes finais.
A lista de critérios a considerar é contínua dependendo do
tipo e área de aplicação do objecto. Pode-se mencionar como localização geográfica,
contexto social, período, demanda, concorrência, entre vários aspectos.
5. Decomposição das formas
Trata-se da separação de um objecto em componentes
isoladas que desempenham uma determinada função específica no conjunto.
Exemplo:
Na decomposição de uma casa simples pode-se
ter como componentes básicas: a forma cúbica
(parte interna), a forma piramidal (a parte de cobertura).
6. Planificação de uma embalagem
Como consta nos critérios a considerar na concepção
de um objecto, uma embalagem é essencial para proteger e garantir o ‘sigilo’ no
objecto (depois do fabricante, o próximo a ver o objecto é o utilizador final).
No que tange a Planificação, trata-se da representação
de uma embalagem em planos (faces) sem isolá-las de modo a se ter uma outra
forma, porém plana.
7. Protótipo das formas (objectos)
Também chamada Maquete, o Protótipo (ou objecto
em miniatura) é a representação pré-visualizada, em pequenas dimensões, de um
objecto antes do fabrico da versão final.
A escala de redução
é neste momento usada para produzir o objecto de modo a prever e prevenir possíveis
falhas e inconsistências na pós-produção. Sempre que possível, recomenda-se a produção,
nesta fase, de todos os componentes que farão parte na versão final e testá-los.
8. Planeamento de embalagem
Diferente de Planificação,
o Planeamento de uma embalagem é a concepção de um elemento ou forma capaz de
proteger ou privatizar um determinado objecto. No geral, a embalagem é planeada
de acordo com a configuração do objecto a ser protegido. Todavia, o cubo e paralelepípedo
são as formas mais usadas tomando em conta a tolerância (as dimensões da embalagem
são maiores em comparação com as do objecto).
9. Descrição de um objecto
É a apresentação de informações dos
componentes de um objecto e suas respectivas funções no conjunto.
Exemplo:
Descrição dos componentes de uma caneta
esferográfica.
Utilidade geral da caneta: escrever;
·
Tubo principal – serve como suporte do conjunto e manuseio;
·
Tubo secundário – contem a tinta e transfere
para a esfera;
·
Tampas – controle da pressão do ar e protecção
contra contacto externo;
·
Cabeça:
o
Suporte - sustenta o conjunto da esfera;
o
Esfera – transfere a tinta do tubo para o
suporte (papel).
meu imail e senha não acessam no sistema de gestão de notas
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